
Com o aumento da Selic a 15% ao ano, um nível histórico não visto nestes últimos vinte anos, surgem dúvidas sobre quais são os investimentos para aproveitar essa alta. Portanto, antes de tomar uma decisão, confira as melhores opções para investir.
O que é o aumento da Selic e por que ela subiu a 15%?
A Selic é a taxa básica de juros para a economia do Brasil. Assim, tem como alguns dos motivos para a sua alta a inflação, os gastos públicos elevados, bem como, o cenário internacional.
O principal objetivo dessa “taxa mãe” é controlar a inflação dentro do país. Além disso, ela é usada como referência para:
- juros de empréstimos bancários;
- financiamentos;
- taxas de cartões de crédito;
- parametrização do rendimento de investimentos de renda fixa, como, por exemplo, o CDB, LCA, LCI e também o Tesouro Selic.
Seu nome Selic vem do “Sistema Especial de Liquidação e Custódia”. Então, é uma plataforma onde são realizadas diversas operações de empréstimo com prazo curtos entres instituições financeiras, usando como garantia, títulos públicos.
Definição e função da Selic
A definição é feita pelo Comitê de Política Monetária, o Copom, do Banco Central do Brasil. Portanto, se define como a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela possui duas versões de taxas muito utilizadas, sendo elas:
- Selic Meta, que é determinada de forma periódica pelo Copom, usada como referência oficial;
- Selic Over, essa é a taxa mais efetiva, pois resulta das operações diárias de empréstimos entre bancos e que usam como garantia os títulos públicos.
Funções da Selic
A função principal da Selic é controlar a inflação. Por exemplo, quando ela está em um patamar muito alto, o Banco Central pode aumentar a Selic, assim desestimulando o consumo e também o crédito.
Ao reduzir a demanda na economia, essa taxa ajuda a conter a alta dos preços em diversos produtos e serviços.
Por outro lado, quando a inflação está mais baixa ou a economia em queda, a Selic tem sua porcentagem reduzida. Dessa forma, estimula à atividade econômica, além de facilitar o acesso ao crédito, logo, estimula o consumo.
Além dessa função principal, essa taxa possui outras de grande importância para a economia brasileira. Sendo elas:
- atrair e assim, reter investimentos de outros países;
- valorizar o real em relação ao dólar, o que estabiliza o câmbio;
- influenciar os rendimentos da renda fixa, o que impacta de forma direta investimentos como o CDB.
A Selic é uma ferramenta essencial para a política monetária, usada para manter a estabilidade econômica. Ademais, garante que a inflação permaneça dentro das metas estabelecidas pelo BC.

Motivos do aumento da Selic ao maior patamar desde 2006
Os preços estão subindo mais do que o esperado. A inflação, acumulada nos últimos doze meses, estava em 5.3%, ou seja, acima da meta de 3%, e o Banco Central quer controlar isso.
O Copom aprovou, por unanimidade, em 18 de junho de 2025, o aumento da Selic para 0,25 ponto percentual, alcançando 15% ao ano. Esse nível é o mais alto registrado desde julho de 2006.
Foi a sétima alta consecutiva já registrada pelo Banco Central. Isso devido a um conjunto de fatores que pressionam a inflação, bem como, exigem sinalização com maior frequência do BC. Sendo as seguintes principais causas, como:
Mercado de trabalho em alta e também economia resistente
Com a taxa de desemprego baixa, a atividade econômica segue em alta. Embora o BC queira controlar a inflação, o mesmo mantém uma atenção maior ao crescimento e também ao possível risco de recessão.
Pressões fiscais e estímulos governamentais
Com a proximidade das eleições de 2026 e as expectativas altas referentes aos gastos públicos, as medidas fiscais aumentam. Dessa maneira, pressionam os preços, exigindo uma postura monetária mais restritiva.
Cenário internacional e também o câmbio
Por meio da elevada taxa Selic, aumenta a diferença de juros com as economias mais desenvolvidas, sobretudo dos EUA. Portanto, atrai capital estrangeiro, o que fortalece o real. Com isso, ajuda também a conter as pressões que a inflação causa.
Como o aumento da Selic impacta o crédito e o consumo?
O aumento da Selic deixa mais caro o crédito, desestimula empréstimos e financiamentos, e reduz o consumo, pois aumenta o custo de produtos e serviços.
A elevação da taxa Selic em 15% tem efeitos diretos e também imediatos tanto sobre o crédito como também no consumo das famílias e empresas.
Como o aumento da Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, quando ela sobe, todas as demais taxas também tendem a elevar, acima de tudo, as cobradas por instituições financeiras.
Efeitos nos empréstimos e financiamentos
Quando ocorre a alta da Selic, os juros cobrados em empréstimos, financiamentos e também no rotativo do cartão de crédito, tendem a aumentar.
Isso ocorre porque o custo de captação de recursos pelos bancos sobe, e essas instituições repassam esses gastos aos clientes. Tendo como resultado:
- financiamentos e empréstimos pessoais ficam mais caros;
- parcelamento no comércio se torna menos atrativo;
- micro e pequenas empresas enfrentam diversas dificuldades para adquirir crédito e assim investir em seu crescimento.
Com o alto valor em juros no crédito, a procura por financiamentos tende a ter uma redução drástica. Assim, ajuda a diminuir o consumo, e portanto, alivia as pressões inflacionárias.
Consequência do aumento da Selic para o bolso do trabalhador
Quando ocorre o aumento da Selic, o impacto no dia a dia do trabalhador brasileiro é direto e significativo. A principal consequência, então, é o crédito mais caro. Com o juros mais altos, estes tornam mais caros também:
- parcelamento da fatura do cartão de crédito;
- empréstimos pessoais;
- financiamentos imobiliários ou de veículos;
- e por fim, o uso do cheque especial ou do crédito direto em conta, o CDC.
Para quem já está endividado, isso pode significar uma bola de neve financeira. Ou seja, uma maior dificuldade para quitar débitos, assim gerando um maior risco de inadimplência.
Redução do poder de compra
Com o crédito mais caro e o orçamento comprometido por várias dívidas, o trabalhador tende a:
- consumir menos;
- adiar compras importantes;
- reduzir gastos com lazer e serviços.
Essa retração no consumo é sentida, antes de tudo, pelas famílias que se enquadram em baixa e média renda. E que destinam uma parte maior dos seus ganhos ao consumo e também ao pagamento de dívidas.
Impacto no emprego e na renda
A queda no consumo afeta o comércio e também a indústria, já que eles passam a vender menos e, em resposta, podem:
- cortar vagas de emprego;
- reduzir a jornada de trabalho e o salário;
- diminuir e até zerar, contratações e investimentos.
Ou seja, o trabalhador pode ser impactado não apenas como consumidor, mas também como empregado. Ocasionando em baixo salário e até mesmo em sua demissão.

Quais CDBs se destacam com o aumento da Selic em 15%?
Com a Selic em 15%, os CDBs pós-fixados (atrelados ao CDI) e os CDBs prefixados com taxas acima de 14% a.a. se destacam. Isso porque, oferecem retornos elevados em linha com os juros altos. Bancos pequenos e médios costumam pagar as melhores taxas.
Os CDBs pós – fixados, que seguem um percentual do CDI são os mais populares entre os investidores.
Bancos como Sofisa Direto, Daycoval e BMG e Neon estão oferecendo CDBs com rentabilidade entre 107% e 113% do CDI. Equivalente a ganhos brutos de cerca de 16% a 17% ao ano.
Os CDBs prefixados, por sua vez, possuem um rendimento fixo que não depende das oscilações da Selic. Nessa categoria, bancos como o ABC Brasil, Daycoval e C6 Bank oferecem taxas entre 15% e 16% ao ano, com prazos a partir de 12 até 36 meses.
O CDB prefixado é uma opção interessante para quem acredita que a Selic possa vir a cair no futuro. Pois o mesmo garante agora um rendimento elevado por um período fixo.
Na prática, com a Selic em 15%, o investidor consegue encontrar de modo fácil CDBs com rendimento líquido que dobra o da poupança.
Já para quem busca segurança e alta rentabilidade, em especial, em períodos de juros elevados, os CDBs se tornam uma boa alternativa.
CDBs prefixados vs. pós-fixados
Os Certificados de Depósito Bancário, CDBs, são aplicações de renda fixa que são oferecidas por bancos.
Esses certificados funcionam como um empréstimo do investidor para aquela instituição financeira. Em troca, o banco paga juros que podem ser prefixados ou pós-fixados.
Nos CDBs prefixados, a taxa de juros tem sua definição no momento da aplicação, por exemplo, 15% ao ano.
Isso significa que o investidor sabe exatamente quanto irá receber no vencimento da aplicação, logo, não depende da variação da Selic ou do CDI durante o período. Veja algumas vantagens:
- garantia de rendimento fixo;
- ótimo em cenários de queda de juros;
- e por fim, é mais fácil planejar quanto você vai receber.
Além das vantagens, o CDB prefixado possui algumas desvantagens. Assim, se a Selic subir mais ainda do que os 15% atuais, o prefixado pode render menos que um pós-fixado. Em geral, exige um prazo de vencimento fechado, onde não há opção de resgate antecipado.
Nos CDBs pós-fixados, a rentabilidade está ligada a um percentual do CDI (índice que acompanha de perto a Selic). Por exemplo, um CDB que paga 110% do CDI vai variar conforme a taxa de juros básica da economia.
A seguir, veja as vantagens em investir no CDB:
- acompanha o movimento da Selic, ou seja, quanto mais alta, maior será o rendimento;
- muitos têm liquidez diária, ideais para reservas de emergência.
Os pós-fixados também possuem desvantagens, que são os rendimentos incertos, onde só se sabe o quanto vai render no final. Ou então, pode perder atratividade se a Selic cair de forma brusca.
Critérios para escolher o melhor CDB
Ao observar alguns critérios essenciais, é possível tomar uma decisão mais segura e alinhada com os seus objetivos financeiros. A seguir, veja os principais pontos a considerar:
- compare sempre as taxas de rentabilidade;
- liquidez, sendo a diária ou no vencimento;
- prazo, escolha sempre de acordo com os seus objetivos;
- segurança, prefira sempre CDBs emitidos por bancos com garantia do FGC;
- imposto de renda regressivo, onde quanto mais tempo deixar o dinheiro, menor será será a alíquota;
- estar atento ao objetivo do investimento, se é uma reserva de emergência ou objetivos futuros.
Uma dica final é combinar sempre segurança, com uma boa taxa e prazo compatível com a sua meta de rentabilidade. Assim você aproveita os juros altos com tranquilidade.
Como usar títulos públicos (Tesouro Direto) a seu favor?
Use o Tesouro Direto para proteção contra a inflação (Tesouro IPCA+), para ter uma renda segura (Tesouro Selic), bem como, para ter ganhos previsíveis (prefixados). Escolha prazos alinhados aos seus objetivos e aproveite a liquidez e baixo risco.
Com o aumento da Selic, essa modalidade se torna ainda mais vantajosa. Em especial, para quem está na busca de algo para investir com pouco dinheiro e que tenha baixo risco e um bom rendimento. As vantagens do Tesouro Direto são:
- os títulos são garantidos pelo governo federal, tendo uma maior segurança;
- é possível começar com pouco dinheiro;
- rentabilidade atrativa, principalmente em cenários de juros altos;
- ideal para diferentes metas e prazos.
Se você é um investidor CLT, essa pode ser uma opção bastante atrativa. E com a estratégia certa, poderá ter bons retornos.

Tesouro Selic e sua segurança
O Tesouro Selic é um dos investimentos de renda fixa mais seguros do Brasil. Afinal, o próprio Tesouro Nacional é o devedor do “empréstimo”.
Esse é um tipo de título que tem uma rentabilidade pós-fixada e que é atrelada à taxa Selic. Portanto, sendo a mais ideal para quem busca a estabilidade, a liquidez e também previsibilidade, ainda mais agora com o aumento da Selic. Por fim, veja por que é seguro:
- emitido e garantido pelo Governo Federal;
- protegido contra oscilações bruscas no mercado;
- liquidez garantida pelo Tesouro Nacional.
Para quem quer começar a investir com segurança e ainda aproveitar a taxa da Selic em 15%, o Tesouro Selic é uma das opções mais confiáveis. Além disso, é uma das mais acessíveis do mercado, podendo começar com apenas R$ 30.
Tesouro IPCA+ e estratégias de proteção
O Tesouro IPCA+ é um título público ideal para quem deseja proteger o dinheiro da inflação e ainda garantir um rendimento real no médio e longo prazo. Ele oferece duas formas de rentabilidade:
- uma taxa fixa, definida no momento da compra;
- variação do IPCA, que é o índice oficial da inflação no Brasil.
Essa combinação permite que seu dinheiro acompanhe o aumento dos preços e ainda cresça acima da inflação, mantendo o poder de compra ao longo do tempo.
Por isso, o Tesouro IPCA+ é ideal para quem pensa no futuro financeiro com segurança, como no caso da aposentadoria ou de grandes projetos pessoais.
Além de proteger contra a perda de valor do dinheiro, ele ainda proporciona juros reais, ou seja, um ganho extra acima da inflação, o que representa de fato um crescimento do seu patrimônio.
Estratégias de proteção
Como em todo investimento, no Tesouro IPCA+ é importante ter estratégias bem sérias de proteção. Desse modo, use para metas com prazos bem definidos, como aposentadoria ou até mesmo a compra de um imóvel para 10 anos.
O Tesouro IPCA+ garante valores futuros ajustados pela inflação, trazendo maior segurança para aqueles planos importantes.
Diversifique sua carteira
Faça a combinação do Tesouro IPCA+ com outros tipos de títulos, como a Selic ou o prefixado, para proteger sua carteira contra diferentes cenários econômicos, em especial, contra surpresas inflacionárias.
Respeite o vencimento
Por sofrer oscilações no curto prazo, caso o investidor venha a retirar o valor antes do vencimento, pode perder parte do valor. Portanto, para garantir o rendimento prometido, mantenha o investimento até o vencimento.
Como montar uma carteira otimizada para o trabalhador CLT?
Montar uma carteira otimizada para um trabalhador CLT envolve equilibrar segurança, crescimento e liquidez. Bem como, considerar a renda estável no emprego, mas também a necessidade de diversificação e proteção contra imprevistos.
O trabalhador com carteira assinada pode e deve investir. Mas, sempre com estratégia, mesmo que tenha um orçamento limitado. Veja como fazer:
- Comece com uma reserva de emergência (de três a seis meses dos seus gastos fixos);
- Use aportes mensais a seu favor, de preferência sempre após o pagamento do salário;
- Diversifique seus investimentos, dividindo em curto, médio e longo prazo;
- Aproveite o aumento da Selic, invista em CDBs com 110% do CDI, no Tesouro Selic ou no Tesouro IPCA+;
- Por fim, tenha sempre atenção aos tributos e também ao prazo.
Distribuição entre renda fixa e outra classes
Para montar a carteira de investimentos, isso dependerá do tipo de investimento, como também da proporção recomendada. Portanto, confira a seguir um bom exemplo para quem é CLT:
- reserva de emergência, proporção indicada de 30%;
- reserva fixa (CDB ou Tesouro Selic): 30%;
- Tesouro IPCA+ ou prefixado: 30%;
- outros tipos de investimentos, como fundos, ações ou previdência: 10%.
O trabalhador CLT tem uma grande vantagem que é a previsibilidade de renda. Afinal, isso facilita e melhora o planejamento financeiro.
Com uma boa disciplina e com a estratégia certa, é possível montar uma carteira robusta, que tenha segurança e que seja rentável, mesmo com aportes mensais modestos.
Ajuste de perfil de risco e objetivos
Antes de investir, é fundamental entender qual é o seu perfil de risco. Ou seja, o quanto você está disposto a ver seu dinheiro oscilar em troca de possíveis ganhos maiores. Com base nisso, é possível alinhar aos seus objetivos financeiros.
Quem trabalha com a carteira assinada sempre está na busca por uma boa estabilidade. Entretanto, os objetivos também poderão variar. Conheça os tipos de perfil investidor.
Conservador
Prioriza segurança e liquidez, ideal para quem busca manter o patrimônio e também evitar qualquer tipo de perdas. A renda fixa e o Tesouro Selic são os mais indicados.
Moderado
Esse investidor aceita algum tipo de risco em troca de retornos melhores e mais altos. Pode equilibrar em CDBs, Tesouro IPCA+ e fundos multimercados.
Arrojado
Tolera mais oscilações para buscar um retorno maior. Para esse perfil são indicados investimentos como fundos de ações e ETFs.
Os objetivos também podem influenciar muito na escolha dos ativos. Por esse motivo, é preciso entender qual é o prazo para alcançar a meta. Conheça alguns exemplos de objetivos e qual o investimento recomendado:
- curto prazo de até um ano: tesouro Selic, CDB com liquidez diária;
- médio prazo de até 5 anos: CDBs prefixados, Tesouro IPCA+ 2029;
- longo prazo a partir de 5 anos: Tesouro IPCA+ 2035, previdência, ações.
Ajustar sua carteira de acordo com seu perfil e objetivos permite investir com mais clareza, tranquilidade e eficiência.

Quando rever sua estratégia com o aumento da Selic em queda?
Vale a pena revisar a sua estratégia com a queda da Selic em 10% ou quando seus rendimentos estiverem abaixo do esperado.
A queda da Selic muda totalmente o cenário para quem investe. Se antes o foco estava em renda fixa com rentabilidade, em um ambiente de juros mais baixos, é hora de reavaliar a estratégia e ajustar a carteira aos novos tempos. Veja quando revisar:
- Selic em queda de forma consistente, em especial abaixo de 10% ao ano;
- quando os investimento em Tesouro Selic ou CDBs pós-fixados passarem a render menos;
- se os objetivos mudarem, por exemplo, antecipar uma compra ou investir na aposentadoria;
- quando os fundos da renda variável começarem a se destacar de novo.
Em conclusão, o segredo está em rever seus investimentos com calma e adaptar a estratégia conforme o cenário econômico.
Sinais de reversão na política monetária
A política monetária é conduzida pelo Banco Central, principalmente por meio da taxa Selic, que sobe para conter a inflação e cai para estimular a economia.
Identificar os sinais de reversão dessa política ajuda o investidor CLT a se antecipar e ajustar sua carteira de forma estratégica. Os principais sinais incluem:
- quando os índices de preços, IPCA ou IGPM, começam a cair de forma consistente;
- atividade econômica fraca, PIB estagnado, aumento do desemprego ou consumo em queda;
- comunicação do Copom do BC, que sempre sinaliza com antecedência as próximas decisões;
- queda dos juros futuros, é um indício forte de que os cortes estão no radar;
- redução de juros em países desenvolvidos, como os EUA, também pode abrir espaço para cortes aqui, sem risco de fuga de capitais.
Estar atento a esses sinais permite ao investidor sair na frente e assim, modificar a sua carteira. Além disso, sempre busque por ativos que estejam mais rentáveis ou em ciclos de juros baixos.
Estratégias de transição para novos cenários
Quando o ciclo de queda da Selic se inicia, é hora de ajustar de forma gradual sua carteira para continuar tendo bons resultados. Portanto, a transição precisa acontecer de forma estratégica e proporcional ao seu perfil de risco. Conheça algumas estratégias eficazes:
- reduzir exposição a pós-fixados como CDI ou Selic, mantendo apenas o necessário para a liquidez ou reserva de emergência;
- aumentar a fatia de investimentos prefixados;
- investir em Tesouro IPCA+ para o longo prazo, quanto antes você entrar, melhor costuma ser a taxa;
- explorar ativos de maior risco gradualmente, como em fundos imobiliários, ações ou multimercados;
- foco no rebalanceamento. faça sempre revisões na carteira.
A transição não precisa ser radical. O ideal é ir se adaptando aos poucos, aproveitando oportunidades sem comprometer sua estabilidade financeira. Em conclusão, com estratégia e disciplina, é possível continuar crescendo mesmo com a queda dos juros.
Resumo desse artigo sobre Selic a 15% ao ano
- a Selic é a taxa básica de juros do Brasil, subiu devido à inflação elevada, pressão fiscal e cenário externo instável;
- o aumento torna o crédito mais caro, reduz o consumo e afeta diretamente o bolso do trabalhador com parcelas, empréstimos e financiamentos mais altos;
- CDBs pós-fixados e prefixados, além dos títulos públicos como Tesouro Selic e Tesouro IPCA+, passam a oferecer rendimentos atrativos e seguros;
- o trabalhador com carteira assinada pode aproveitar a previsibilidade da renda para equilibrar segurança, rentabilidade e liquidez, mesmo com aportes pequenos;
- ficar atento aos sinais de reversão da política monetária permite adaptar a carteira com antecedência e garantir bons retornos mesmo em cenários de juros baixos.
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